sábado, 31 de março de 2007

Vontade de existir

Quando fecho os olhos, e reclamo da tranquilidade do escuro e da descontracção de um longo suspiro, uma resposta certa para todas as perguntas,
Encontro sempre nos contornos do teu rosto um motivo para elevar o meu espírito à vontade de me dar por completo à liberdade de ser teu
Porque a tua forma de sorrir me mostra coisas que já não me lembrava de ter visto...
Porque dos teus lábios me dizem coisas que já não me lembrava de ter ouvido...
Porque a tua ausência não é mais do que uma prova que a tua presença me faz falta para esquecer todas as formas de sentir saudade... e são muitas...
Pensei que seria apenas por um momento, e que quando abrisse de novo os olhos, toda luz estaria de volta ao meu mundo... enganei-me, porque ainda mais escureceu
E assim, dou por mim, a observar o mundo dos outros, de um lugar distante, estático perante os meus olhos, como uma pintura abstracta, na qual não encontro grande sentido
Um mundo que constantemente me fala, mas que oiço apenas a espaços, em rasgos de efémera lucidez... um mundo onde, sem ti, nem sempre existo...

quinta-feira, 29 de março de 2007

Pásion

Viene conmigo... Viene
Porque el Amor no es sólo esto
No sólo... pero también
Ni sé porque persisto
Pero... Viene conmigo... Viene
Porque no le resisto
Viene... que yo voy también

quinta-feira, 22 de março de 2007

Em mim (continuação)

Apertaste-me com força contra o teu peito
Senti na pele a força do bater do teu coração
E no espírito o teu querer... a tua vontade
“Não vás!”, disseste-me enquanto uma lágrima descia a tua face
“Não... hoje não vou...”, respondi-te fixando profundamente o teu olhar
Sorriste... percebeste que não ia partir
Que o meu corpo ia repousar junto a ti
Agarrado ao lugar onde o pensamento costuma ficar
Sem largar a tua mão...
“Hoje nada me leva para longe daqui...”, suspirei ao teu ouvido
Fechei os olhos... inspirei o perfume das flores daquele jardim
Quando os abri, ainda lá estavas, ao meu lado,
Sobre aquele imenso relvado
Pensei... “Perfeito...”
Não havia nada neste nosso mundo que nos afastasse
Nunca mais me iria sentir perdido
Passei a minha mão pelos contornos da tua expressão
Beijaste a palma da minha mão... com suavidade
Saboreei a doçura dos teus lábios... com intensidade
E não mais consegui parar de sorrir
Porque te podia sentir em mim
Porque podia ser teu
E embalado pela brisa perfumada, disse-te... “Também eu...”
“Também eu já não saberia viver sem ti”.

sábado, 17 de março de 2007

Em mim

Por instantes, o tempo parou
Fui teu... por completo, teu...
Tocaste a minha alma com a leveza de um suspiro
E assim, respiraste o meu ser
Por instantes, o tempo não passou
Dei-te a conhecer o verdadeiro eu...
As imagens em que me inspiro
E tudo o que de mim podes ter
...
Em mim, tudo o que quiseres ser...

sexta-feira, 9 de março de 2007

Toque de luz

Do toque suave da tua mão, surge um intenso fluir do sangue nas minhas veias
Não mais consigo reprimir o que em mim desinquieta uma intensa vontade de te tocar
De te sentir
De percorrer a pele macia do teu rosto com os meus lábios
Para te beijar
Vontade de decorar todos os pormenores do teu perfil, das tuas expressões
E levá-los na ponta dos dedos
Como recordação do teu sorriso, na esperança que ele seja porque também por isso anseias
Que não é apenas imaginação, quando leio no brilho do teu atraente olhar
Todas as palavras que me queres dizer, porque delas preciso para subsistir
Porque as sinto em mim... Porque as amo, sem limites, sem barreiras, sem rodeios
Porque me preenchem o vazio da alma quando o que me resta é apenas por aí andar
E me atestam de infinitamente belas sensações
Que trazem de volta a luz, o azul do céu e a ausência de todos os medos

quinta-feira, 8 de março de 2007

Mulher

Mulher,
Que não deixas desvendar o que está por detrás desse olhar
Ou o que é isso a que chamam de sexto sentido
Que tão bem sabes manusear
Diz-me quem és,
O que queres ser,
E como podes ter tamanha capacidade para amar
Tu, que tens o mundo a teus pés
E sabes melhor que ninguém como fazê-lo avançar
Mulher,
Que tens o dom de fazer suspirar
De Amor e de paixão, mesmo que qualquer deles seja um caso perdido
Pela eterna beleza de um sorriso que não se pode ignorar
Diz-me como és
Porque mais que tudo, te quero conhecer
Por tanto admirar
O teu querer, a tua força para lutar
Contra ventos fortes e marés
E ainda assim, teres a coragem de sentir vontade de chorar

domingo, 4 de março de 2007

Lágrimas do silêncio

Esta noite chamei por ti
Gritei o teu nome no escuro
Um grito mudo ecoou no vazio
Ouvi a reposta de um silêncio repressor
E uma dor lancinante invadiu-me a alma
Chorei...
Esta noite esperei por ti
Porque a tua presença é tudo o que procuro
Mas perdido, encontrei apenas o meu corpo frio
Consumido lentamente por esse ardor
Que só o suave tom da tua voz acalma
E chorei...

Onde estás?

Onde estás?
O que fazes agora?
Preciso de saber...
Onde estás?
Por onde andas a esta hora?
Quem te pode ver?
Diz-me... onde estás?
Porque não se vai embora
Esta vontade de para ti correr!
Onde estás?
Diz-me, sem qualquer demora
Preciso de te ter
É tarde para voltar atrás
Já não resisto à ideia sedutora
De em teus braços me envolver