terça-feira, 7 de agosto de 2007

Correr

Palavras apressadas no meio da multidão,
Aliviam pouco ou nada, esta dor que vem do fundo,
De dentro do ser.
Um leve toque da tua alma, do outro lado do mundo,
Não apaga nem um segundo,
Desta minha angustiante saudade.
E o tempo teima em passar demasiado devagar,
Na esperança de te fazer esquecer...
E a noite embala-me em tons de sedução,
P'ra me convencer que não vais voltar...
Que esforço mais vão!
Porque ainda sinto o calor da tua mão,
A percorrer-me a pele, ansiosa por ti!
Mas não estás aqui...
E aperta-me o peito de tanto vazio!
Já não te consigo ver fora de mim!
Já não te consigo sentir mais longe do que um abraço!
Já não sei afastar os meus olhos dos teus e seguir sem me perder!
Quero correr!
Ainda que numa corrida que não tem fim,
Correr com a força de um bravo rio!
Correr até o meu corpo tombar de cansaço!
Correr para ti, é o que me vai na vontade!