terça-feira, 19 de junho de 2007

Não há dias maus

Lá fora pode estar a chover diluvianamente,
Encharcando as páginas do livro da vida que folheio
Mas nem por isso é um mau dia
O vento pode até soprar abominavelmente
Pode parecer que o mundo vai acabar, num repente
Mas nem por isso é um mau dia
Pode até o frio tentar gelar-me o sangue nas veias
Mas nem assim, será um dia mau
Porque nunca o conseguirá, certamente
Pois meu corpo, em teus braços, estará sempre quente.
O som do trovão pode-se ouvir lá longe, ameaçadoramente
Prenunciando todos os meus medos, tudo o que receio,
Como que a querer lançar um raio contundente
Sobre a terra dos sonhos e das ideias
E mesmo assim, nunca será um dia mau
Pode o agreste Inverno estar aqui, paredes meias,
Pode o céu cobrir-se de negro, bruscamente
E o sol nunca mais brilhar intensamente,
Que eu não direi que está um dia mau
...
Porque me entras pelo olhar, com toda a tua cor
Porque me alimentas os sonhos, constantemente
Porque me trazes toda a paz, todo o calor
E tudo o que preciso, estampado no teu rosto sorridente