terça-feira, 13 de novembro de 2007

George & Izzie (Anatomia de um Amor)

Prendes-me a ti!
Agarras-me pelo pescoço!
Cerras os teus braços à minha volta!
Apertas-me de encontro ao teu corpo exuberante!
Dás-me o teu peito para beijar!
Para sentir dentro de mim,
Para tocar...
Dizes-me ao ouvido: “Assim deixas-me louca!”
E, sofregamente, mordes-me a boca,
Que te grita: “Amor!”
Seguro o teu rosto na palma da minha mão,
Perco-me no encanto dos teus olhos,
Absorvo todas as moléculas do teu cheiro,
Para que nunca mais tenhas fim,
Para que persistas em mim.
Tocas-me a face rubra do sangue ardente,
Que me alimenta e que me acende,
Que me liberta e que me prende.
E por entre lábios, língua e vontade incessante,
Escorrem palavras num fluxo errante:
“Amor, quero-te tanto!”
Respondes-me num forte bater de coração,
Quente e terno clamor,
Que me invade e conquista por inteiro...
Envolvo-te num abraço...
Fecho os olhos,
Deixo cair a cabeça no teu regaço.
E enquanto me acaricias com a pontas dos dedos,
E me passas a mão pelos cabelos enrolados,
Solto um murmúrio pelo ar:
“Quero ficar aqui...”
E não apenas em sonhos...
Não apenas neste pequeno espaço,
Repleto de intermináveis segredos.
Mas há uma força lá fora que desata o nosso laço,
Que te arranca de mim...
E deixa a noite num triste pranto.

(O vídeo que eu escolhi para ilustrar as palavras inspiradas nesta história de Amor... talvez impossível, com a música I'll wait for you, de Elliot Yamin)

(O tema Kissing You da Des'ree, não pertence à banda sonora da série Anatomia de Grey, mas enquadra-se muito bem em mais uma história de Amor... talvez impossível)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tens alguma fixação por histórias de Amor impossíveis? Gostei da intensidade dos primeiros versos.

10:59 da manhã  
Blogger Gonçalo said...

Não... acho que não tenho nenhuma fixação por histórias de Amor (e gosto da forma como escreveste Amor com letra maiúscula) impossíveis. Mas gosto muito de as ver, de as ler, de as ouvir... e quem sabe, de as viver... Porque nelas, normalmente, encontro dois sentimentos que eu admiro muito. São dois sentimentos que tendem a ser contraditórios nestas histórias: um é a coragem que é preciso ter para "lutar contra tudo e todos", mesmo que essa luta signifique morrer, por esse Amor; o outro é a força interior que é preciso ter para abdicar da felicidade e do sonho e optar pela conformação, para, altruisticamente, não magoar outras pessoas.
O Amor não se controla... vive-se intensamente, seja qual for a sua forma...

12:47 da tarde  

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