terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Chuva

A chuva derrama toda a sua angústia sobre os nossos corpos estáticos
Hipnotizados na profundidade de um último e incomportável olhar
A água gélida escorre-nos pelas faces, diluindo o sal ardente das nossas lágrimas na despedida
Difícil é suportar este hábito que temos de caminhar em sentidos opostos
Mas também, ninguém disse que seria fácil, ainda mais quando as histórias, como esta, são escritas em momentos mágicos
Como o mais belo sonho do qual jamais queremos acordar
Onde nos abraçamos sob a bênção de uma chuva diferente
Uma chuva límpida e quente
E em fundo, um arco-íris de mil cores, um campo de coberto de flores, completam uma tela colorida
Pintada com a inspiração dos sorrisos encharcados de emoção, estampados nos nossos rostos