domingo, 18 de fevereiro de 2007

Sem ti

Sem ti, estou perto do nada
Sem ti, sou uma alma amargurada
Sou uma pauta sem qualquer nota
Uma fonte onde não há nem mais uma gota
Sem ti, estou meio perdido
Caminho numa rua sem sentido
Sem ti, sou uma folha branca, vazia
Feita em pedaços, rasgada
Onde um dia se escreveu a utopia
Sou uma pedra fria
Uma pedra suja e gasta
Sou o resto de um ser que se arrasta
Por entre a multidão apressada
Sem ti, sou um quadro sem cores
Um jardim sem o perfume das flores
Sem ti, estou perto do nada