quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Através do vidro

Olho-te através do vidro transparente
Consigo ver a pureza no fundo do teu olhar
Deixo-me levar pela atracção da tua mente
Esqueço o tempo
Sinto-te tão perto de mim
Aproximo-me mais ainda... devagar
Encurto a distância que parece não ter fim
Encosto ao vidro a palma da minha mão
Encostas ao vidro a palma da tua mão
Esse vidro... barreira invisível entre dois mundos
Diluída por uma intensa ligação
Esquecida por um infinito momento
Em que as nossas mãos se encontraram
E as nossas almas se entrelaçaram
Num toque repleto de desejos profundos
Que retenho, p’ra sempre, no pensamento