quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Temporal

Chove a potes na minha rua
E eu não quero saber
Desço as escadas a correr
Quero sentir essa água celestial
Senti-la a escorrer na minha cara
Quero absorver intensamente
O cheiro da terra molhada
Como se fosse o da tua pele nua
Quando chegas ao entardecer
Para mais uma noite de prazer
Vem chuva, vem! Não faz nenhum mal
Cai sobre esta alma que se declara
E que se diz constantemente
Ser, de te amar, a única culpada
E que no final, foi sempre tua
Chova aquilo que chover
Faça-se aquilo que se fizer
Resiste a qualquer temporal
E a toda esta água que não pára
De tentar, persistente
Levar o cheiro da tua pele perfumada