sábado, 2 de dezembro de 2006

Sentes?

Sentes os meus dedos a deslizar suavemente pelos teus cabelos?
Porque eu consigo senti-los a entrelaçarem-se na minha alma
São sedosos e perfumados como as pétalas da flor mais pura e bela
Consegues sentir que te toco todas as noites no silêncio do escuro?
Por entre uma lágrima ou outra de vertiginosa saudade
A tua imagem intensa, permanente, suspensa nos pensamentos da noite calma
Entra em mim pela madrugada e afasta todos os meus pesadelos
Como numa lufada de ar fresco portadora do sentimento que aqui se revela
Consegues ouvir as palavras que todas as noites, ao teu ouvido, eu murmuro?
Consegues? Ou são apenas sons desconexos que emito perdidos nos meandros da obscuridade?